24 setembro 2005

Equipe do filme "Chave"

Click da equipe técnica de "Chave" ao final das filmagens. Da esquerda para direite, estão de pé: Ivo Regazi, Adauto Vilela, Vitor, Nicole Farjado, Evandro Fraga Neto, Lara Rattes Thys, Thiago Gomes de Almeida, Marcos Maslink, Ana Cecília Tavares, José Carlos Gomes, Sarita Hauck, Ramón Brandão, Roberto, Daniel Graveli. Sentados, estão: Flávia Lima, Pedro Moreira, Denis Aquino de Castro, Ramon Fernandes, Roberto Groia, Franco Groia, Juarez Pasvelak, Samir Hauaji, Wilson Carvalho, Adriana Barata e Rafael de Paula.

CURTA PETROBRÁS ÀS SEIS - ANO 1


Tomei conhecimento do Projeto Curta Petrobrás às Seis oficialmente através do coquetel de lançamento do próprio projeto em evento promocional no CineArte Palace, localizado na cidade de Juiz de Fora/MG, uma das salas do circuito exibidor do projeto no país.
Sem sombra de dúvida, a criação do Curta Petrobrás às Seis foi uma das propostas concretas mais geniais já desenvolvidas em nosso país. Digo isso sem demagogia, pois a iniciativa estratégica, a de fomentar a exibição de curtas em seções específicas, fez-se, em tão pouco tempo, inúmeros benefícios: alcançou-se um público do mais variado e, pelo menos em nossa cidade, sempre crescente, para ver especialmente as produções dos programas; ampliou o mercado exibidor de nossos curtas; a Petrobrás, como empresa de excelência, agregou um valor a mais ao curta-metragem enquanto formato de produção cultural, fomentou o alicerce principal da indústria cinematográfica nacional e valorizou o que é mais importante em nossa identidade cultural brasileira: a diversidade regional, uma vez que, a cada ciclo, a prioridade regional da produção foi, a meu ver, o seu princípio norteador.
Em Juiz de Fora, única cidade que produz cinema regularmente fora das capitais, a partir da década de noventa, o esforço e a iniciativa da Petrobrás em desenvolver uma política de marketing dirigida à formação de novas platéias, na minha opinião, foi muito importante e se caracterizou no principal diferencial do projeto.
Não sei se deveria, mas acho que o momento é relevante. Vou contar uma história, que é verídica, que me surpreendeu e que, pessoalmente, me emocionou profundamente enquanto cineasta. Um amigo meu, jornalista e editor em uma emissora de TV na cidade me pára na rua outro dia, entusiasmado, e me pergunta se eu havia visto o noticiário do dia anterior e respondi que não. Perguntei-lhe porque e ele me contou a seguinte história: para quem não conhece Juiz de Fora, que é uma cidade de porte médio, localizada na Zona da Mata Mineira, cercada por uma região agropecuária, em um de seus distritos próximos, chamado Dias Tavares, existe uma escola rural muito precária onde por iniciativa da única professora, uma turma da sétima série iria ter uma aula de português diferente, resolveu levá-los de ônibus comum até o centro da cidade de Juiz de Fora (viagem que dura cerca de 1 hora) para um lugar que a turma nunca tinham ido: ao cinema. E, como o dinheiro sempre é curto e, neste dia, contado para a passagem de ida e de volta, a única seção de cinema que a turma poderia ir era a do Curta Petrobrás às Seis. Por esta ocasião, coincidentemente, o programa em exibição era todo ele formado com filmes de realizadores da cidade, entre eles um filme meu. Até aquele momento, não estava entendendo aonde meu amigo jornalista queria chegar com a história e completou: os alunos ficaram deslumbrados pela telona e, principalmente, por terem tido a oportunidade de ver a própria cidade projetada na tela; o entusiasmo da turma foi tal que, ao voltarem à zona rural as idéias fervilhavam nas cabeças a ponto da professora concordar com os pedidos feitos pelos próprios alunos em realizar um trabalho extracurricular, em vídeo, sobre um história que eles mesmos idealizaram e que acabou sendo o foco da reportagem na TV.

Só esse relato já é um exemplo extraordinário do poder de motivação que o cinema proporciona em seus espectadores e, particularmente, o que o programa com filmes juizforanos provocaram naqueles alunos de modo que não se pode sequer medir. Mas meu amigo não se conteve e completou: os alunos resolveram realizar o vídeo porque adoraram o seu filme, a forma pelo qual a sua história mexeu com eles. Isso foi dito não pelo meu amigo, mas pela própria professora dessa humilde escolinha na zona rural da cidade que sequer conheço em entrevista à tal emissora.

Acredito que esta história resume tudo que um cineasta pode almejar: que suas histórias possam, primeiro, ser vistas pelo maior número de pessoas; segundo, que suas histórias consigam mexer de alguma forma com seu público. Em outras palavras, cinema é emoção, paixão. Isso a Petrobrás conseguiu proporcionar tanto a mim realizador quanto ao público espectador. Isso não tem preço.

Desta forma, percebi no decorrer dos programas o Curta Petrobrás às Seis que o projeto se tornou referência cultural em nossa comunidade por ter qualidade e ser gratuito, portanto não segrega ninguém.
Agora, quanto à divulgação do projeto, acredito ser benéfico uma maior atuação na mídia eletrônica (Rádio, TV locais e Internet) e sobretudo impressa (jornais e revistas locais). Como fundamental, acrescentaria também um folder com informações mais completas sobre cada programa para os espectadores, além de preservar o atual cartão postal como elemento de divulgação e registro do projeto para o público em geral. Seria interessante pensar em brindes (camisa, bonés e chaveiros) para serem distribuídos entre o público em cada seção e entre formadores de opinião.
O fator fundamental no que diz respeito ao suporte aos realizadores e aos usuários seria a criação de um site específico do Projeto Curta Petrobrás às Seis com informações completas sobre todos os ciclos já exibidos e em exibição, bem como estabelecer um banco de dados sobre o público espectador (espécie de Box Office oficial dos curtas no projeto) dos curtas em cartaz etc., além dos filmes poderem ser veiculados através da própria internet após serem exibidos no circuito exibidor de salas de cinema.
Para finalizar, gostaria de salientar a importância que o Projeto Curta Petrobrás às Seis tem para nós realizadores, como uma alternativa de retorno financeiro de nosso trabalho, que carece de visibilidade e mercado e que, aos poucos, pode se estruturar como importante atividade econômico-cultural de nosso país. Ainda há muito o que melhorar, só depende de nós!
Parabéns, Petrobrás!
Vida longa ao Projeto Curta Petrobrás às Seis!

Franco Groia
Cineasta
(Carta escrita à Assessoria do projeto por ocasião do fechamento do primeiro ano do Projeto "Curta às Seis" da Petrobrás em 2001)

Cinema com pão de queijo


Juiz de Fora quer entrar na rota da produção cinematográfica brasileira

João Carriço ficaria feliz com a notícia. Numa mobilização inédita, produtores e cineastas locais tentam viabilizar projetos de incentivo à produção, distribuição e visualização cinematográfica na cidade, com a parceria de órgãos municipais e também da iniciativa privada. O esforço vem rendendo frutos e a boa notícia é que, pela primeira vez, o orçamento municipal prevê um repasse de verbas para a produção na cidade de até R$ 50 mil.

Planos não faltam, declara o representante dos produtores locais e também cineasta, Franco Groia. Entre eles, a criação de um Circuito Municipal de Cinema e do Dia Municipal do Cinema - que seria comemorado em 27 de julho em homenagem ao cineasta João Carriço, e a revitalização do Cine Excelsior.

De concreto mesmo, garante ele, é a realização de um Festival Nacional de Curtas de Juiz de Fora ainda este ano. A proposta é fazer um festival a exemplo do que está sendo feito atualmente em Tiradentes, atraindo visibilidade para a produção não só nacional, mas também local, e proporcionando o turismo. "A Mostra de Tiradentes ainda está em sua 5ª edição e já conquistou uma visibilidade incrível. Nós também podemos conseguir isso, só que precisamos nos organizar", observa Franco.
A organização, no caso, depende da constituição do Conselho Municipal de Cinema, que pretende incluir dez representantes, sendo cinco de instituições ligadas ao poder público e cinco profissionais envolvidos com cinema. "O Conselho atuaria como um captador de recursos e incentivos, além de priorizar as ações e projetos", esclarece o vereador Biel (PT-JF), que também está empenhado nesta mobilização. Ele acredita que o projeto de criação do Conselho deve ser votado em março pela Câmara, já que o recesso que está começando vai até o Carnaval.
Parcerias com a Funarte, Ministério da Cultura e Riofilme também não estão descartadas, pelo contrário, representam uma importante articulação para o sucesso dos projetos, diz Franco. Ele afirma ainda que "o grande problema do cinema na cidade não é nem a produção, mas sim a distribuição do que é feito e, principalmente, que a população assista e conheça o trabalho realizado aqui."

Curta a cidade
De alguns anos para cá, a produção de filmes curta-metragens em Juiz de Fora vem aumentando, bem como a produção cinematográfica brasileira. A Lei Municipal Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, atualmente, é uma das principais fontes de recursos para produtores e cineastas.
Para se ter uma idéia, desde 1998 até o ano passado, mais de oito curtas foram produzidos na cidade, entre eles Deus me Livre, de Alexei Divino e "Calçadão - Onde de Tudo Acontece", de Franco Groia. Isso sem contar os que não conseguiram ser finalizados até agora por falta de recursos ou incentivos, que totalizam cerca de mais dez filmes.

Em tempo - Os curtas juizforanos "Deus me livre", de Alexei Divino, e o vídeo "A vida além do arco-íris", de Rogério Terra Jr. serão exibidos na 5ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontece de 18 a 26 de janeiro, na cidade de Tiradentes, em Minas Gerais.

Vale a pena ir até lá
A produção cinematográfica brasileira está em ritmo crescente. Para ver de perto, basta acessar um dos sites sugeridos abaixo e conhecer um pouco mais da história da sétima arte tupiniquim.
(Portal JF Service – 11 de janeiro de 2002)

"Calçadão" na programação cultural da I Mostra de Graduação e Pós-Graduação da UFJF

Cineasta exibe filme na Mostra da UFJF
Como diz o velho ditado, “o bom filho a casa torna”. Depois de se formar pela Faculdade de Comunicação Social em 1998, o cineasta juizforano Franco Groia retornou à UFJF, quinta-feira, dia 25, para apresentar a comédia “Calçadão”, o primeiro filme de sua carreira. A exibição fez parte da programação cultural da I Mostra de Graduação e Pós-Graduação da UFJF, que acontece até o próximo domingo, dia 28.
Franco, que participou da produção do longa-metragem “Labirinto de Pedra”, baseado na vida de Pedro Nava, recentemente lançado em rede nacional pela TVE, se mostrou entusiasmado com a oportunidade de poder mostrar seu trabalho em sua própria cidade. “Sou mais reconhecido em outras cidades do que em Juiz de Fora. Por isso, fiquei muito feliz com o convite e com a iniciativa”.
Durante um passeio pelos 2880 m² de estrutura montada para a Mostra, o cineasta participou de um programa ao vivo realizado pela Rádio Universitária e relembrou os tempos de faculdade. “Sou um contemporâneo da criação da Rádio Universitária. Fiz a primeira logomarca dela”. Franco ainda fez questão de ressaltar sua gratidão pela UFJF. “Aqui eu fiz minha base de cinema. Essa foi a grande escola da minha vida profissional”.
Franco também enfatizou a importância do evento na consolidação da imagem da UFJF. “Essa é uma ótima oportunidade para a UFJF se afirmar como referência nacional e provar para todos que está entre as melhores universidades do país. A UFJF está cada dia melhor.”

(M.D - UFJF - Notícias 26/11/2004)

Filmando "Chave"



Cenas da realização das filmagens do filme "Chave" em junho de 2004 no Central Shopping na cidade de Juiz de Fora. De cima para baixo, dirigindo a cena através do monitor do videoassist, o diretor conversando com seus assistentes de direção Daniel Gravelli (de boina) e Marcos Maslink e no set.

Entre amigos





Franco com os amigos Jussara, Fernanda Fernandes, Tiago e Giselle.

Palestra no Colégio Jesuítas de Juiz de Fora

Câmera, Luz, ação

Os alunos da 7ª série tiveram a experiência de conhecer uma produção de curta-metragem e saber um pouco mais sobre esse tipo de cinema através de um papo com o cineasta juizforano Franco Groia.
No segundo dia da Feira de Livros de 2003, os alunos da 7ª série mergulharam no mundo cinematográfico. Com o apoio da FUNALFA - Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage, o Salão Padre Oliveira transformou-se em uma sala de exibição. No telão, o curta-metragem “O livro”, gravado em fita de 16mm, o que aguçou a curiosidade de todos diante do projetor, bastante diferente dos utilizados nas salas de cinema. A produção traz como temática as várias relações que diferentes pessoas mantêm com o livro.
Depois da exibição, os alunos tiveram a oportunidade de conversar com Franco Groia, cineasta que projetou Juiz de Fora no cinema nacional e único profissional da cidade que pertence à Associação Brasileira de Cinematografia, com sede no Rio de Janeiro. Muita curiosidade, principalmente quanto às técnicas usadas nas etapas de produção de um curta-metragem: seleção de atores, roteiro, filmagem, montagem, etc... No final da atividade, os alunos vibraram com o anúncio da implementação no Colégio da “Usina de Sons e Imagens” que, a partir do próximo semestre, possibilitará que alunos desenvolvam trabalhos pedagógicos, utilizando-se de recursos audiovisuais, produzindo seus próprios vídeos, reportagens e documentários.

Com a palavra... os alunos da 7ª série:

“Achei interessante, porque foi uma atividade tanto recreativa quanto instrutiva sobre detalhes do dia-a-dia que, às vezes, passam despercebidos”
Helena Azevedo

“Achei legal porque tirou o clima tenso da aula e ajudou a descontrair”
Elias Abreu

“O filme mostrou a importância que cada pessoa dá ao livro”
Pedro Galil

“Interessante, pois possibilitou que aprendêssemos mais sobre o que é um curta-metragem”
Ana Luiza Salgado

“Achei interessante, pois foi a primeira vez que vi um curta-metragem”
Carolina Siqueira Galil

“Achei o curta diferente de outros cinemas e o projetor possibilitou que conhecêssemos mais sobre fitas de 16mm”
Ludmila Caldas

(Boletim Informativo do Colégio dos Jesuítas - Ano 21 - número 111 - Abril/Maio de 2003)

23 setembro 2005

Conferindo o foco


O diretor conferindo o enquadramento da cena na própria câmera (no caso, uma Aaton modelo XTR-Pro).

Diretor em ação!


O diretor coordenando pessoalmente as ações e movimentos da câmera (Edmundo Vieira), equipe (Patrícia Almeida) e dos atores (Tadeu Santos) para o plano sequência de abertura de "Calçadão - Onde de tudo acontece".

O diretor no set



Detalhe de Franco concentrado, durante as filmagens de "Calçadão", olhando o monitor - no instante da captura do take do "Hotel Templo Novo", na abertura do filme.

Café e conversa entre amigos



Franco e a amiga Taís no Espaço Unibanco Palace em Juiz de Fora.

Beto Campos véi de guerra!


Franco Groia prestigiando evento de lançamento do CD do músico Luizinho Lopes. Na foto, Franco está ao lado do amigo Beto Campos, promotor do evento.

Seq. 5 Plano 1 Take 2


Detalhe da claquete do filme "Calçadão - Onde de tudo acontece".

Faculdades têm que investir em acessibilidade


Uma portaria do Ministério da Educação (MEC), publicada no último dia 11, determina que todas as universidades, públicas e particulares, ofereçam condições de acessibilidade tanto no espaço físico quanto na área de comunicação. A norma reforça determinações anteriores, criando regras específicas. A Tribuna ouviu oito instituições de ensino superior de Juiz de Fora e todas informaram que estão trabalhando no sentido de garantir atendimento adequado aos estudantes portadores de necessidades especiais.
No entanto, ainda há intervenções e investimentos a serem feitos para que os alunos de Juiz de Fora com dificuldades motoras, auditivas ou visuais tenham garantidos os direitos de ir e vir, aprender e formar-se profissionalmente. A maior pendência está na manutenção de equipamentos próprios para os portadores de deficiência, como teclado e impressora em braille.
Eliminando barreiras
O diretor da Faculdade de Direito do Instituto Vianna Júnior, Michel Bechara Júnior, afirma que a instituição já vem investindo em acessibilidade há alguns anos. Segundo ele, o prédio dispõe de uma rampa que dá acesso ao primeiro andar, mas o mesmo não acontece com o segundo pavimento. Bechara argumenta que essa intervenção não é necessária, no momento, porque o instituto concentra os alunos com necessidades especiais no piso térreo.
A mesma estratégia é usada na Faculdade Machado Sobrinho. O diretor José Darcy Leal informa que, atualmente, não há estudante com necessidades especiais. No entanto, quando um dos alunos se machuca ou vive qualquer situação que imponha dificuldades temporárias de mobilidade, sua turma é transferida para o pavimento térreo. Destacando as diversas adaptações já implementadas, Bechara e Leal afirmam que novas intervenções serão promovidas para atender a demanda existente.
A unidade Alto dos Passos da Unipac dispõe de rampas de acesso, mas elas também se limitam ao primeiro piso. A diretora pedagógica da unidade, Diva Batista de Moura e Silva, afirma que, até o início do próximo período letivo, será instalado um elevador de acesso aos demais pavimentos.
No Instituto Granbery, o elevador já está em funcionamento. O reitor Roberto Pontes da Fonseca informa que os investimentos em acessibilidade feitos no prédio da graducação se estendem, agora, à construção principal, que já completou cem anos. A instituição também dispõe de equipamentos especiais e implantou o sistema de apoio ao aprendizado, que consiste na disponibilização de todos os conteúdos acadêmicos no site da faculdade.
Outro prédio que dispõe de elevador para atender pessoas com dificuldade de locomoção é o do Centro de Ensino Superior (CES). O diretor José Ventura informa que o próximo passo para promover a inclusão dos alunos com necessidades especiais é investir em equipamentos específicos para esta clientela.
Recém construído, o prédio da Universidade Estácio de Sá contemplou, já no projeto original, as normas de acessibilidade. A assessoria da instituição informa que existem rampas, corrimãos e estacionamento privativo. O mesmo acontece com o prédio da Universo, que está em fase final de construção. A direção informa que há elevador, rampas e banheiros adaptados.
Falta de recurso é obstáculo na UFJF
A situação é mais complicada na UFJF. Com um número maior de estudantes, quase 12 mil, e construída no final da década de 60, quando o conceito de acessibilidade era pouco ou nada difundido, a instituição já fez algumas intervenções, mas ainda não oferece as condições adequadas.No entanto, o processo está estagnado. O diretor de Logística, Marcos Tanure, aponta como o principal investimento, na fase mais recente, a instalação de um elevador privativo para portadores de necessidades especiais no prédio da Biblioteca Universitária, localizado na região central do campus. Como complemento, foram construídas rampas nos caminhos de acesso ao prédio.
Tanure comenta que há projetos para a construção de um pavilhão de aulas, totalmente adaptado, também na área central, e informa que as construções mais recentes contemplam as regras de acessibilidade. O problema, segundo ele, são as estruturas mais antigas. "Em alguns prédios não há espaço físico para a instalação de rampas." Tanure argumenta ainda que a falta de recurso é outro obstáculo grave.
Prioridades Além das dificuldades arquitetônicas e financeiras, a UFJF esbarra em outro empecilho: a desinformação. Marcos Tanure reconhece que a instituição não tem um levantamento recente que aponte o número de acadêmicos portadores de necessidades especiais, nem quais os tipos de deficiência e qual o grau de comprometimento de cada um. "Precisamos deste diagnóstico para, a partir dele, elencarmos prioridades nos investimentos."
O diretor de Logística explica que a idéia é usar os recursos disponíveis para intervenções que atendam às necessidades dos estudantes contemporâneos. Desse modo, aos poucos, a UFJF estaria se preparando para oferecer total acessibilidade.
Apoio de colegas foi essencial para cineasta
Para o jornalista e cineasta Franco Groia, o vestibular foi o passaporte para o ensino superior, mas não representou a garantia de livre acesso a todos os benefícios e serviços oferecidos pela UFJF. Formado na Faculdade de Comunicação Social, em 1998, ele comemora o fato de ter estudado em um prédio anexo ao da Faculdade de Educação, que dispunha de rampa e outras adaptações, que permitiram sua locomoção na cadeira de rodas.
Já as refeições no Restaurante Universitário (RU), serviço utilizado por Groia durante os quatro anos da graduação, foram uma verdadeira odisséia. Ele conta que colegas e funcionários da universidade eram mobilizados todos os dias. "Eu tinha que entrar pela cozinha. Acabei ficando amigo dos cozinheiros e serventes, que sempre me trataram com muita atenção." Franco acredita que a adaptação realizada no RU foi, em parte, provocada por ele. "Minhas necessidades fizeram as pessoas perceberam a necessidade de mudanças."
Utilizar a Biblioteca Central foi um dos maiores desafios de Groia. Na época, o acesso só acontecia através das escadas (o elevador foi instalado em outubro deste ano). A alternativa encontrada foi mais uma vez recorrer a terceiros. "Eu pedia ajuda de conhecidos e de desconhecidos também. Apesar da boa vontade das pessoas, o processo era demorado e com o corre-corre da vida acadêmica, ficava muito estressante." O cineasta conta que acabou desistindo de usar a biblioteca depois da terceira visita.
Perseverança, bom humor e solidariedade foram as armas de Franco Groia para derrubar barreiras. Mesmo protagonizando situações de constrangimento e dificuldades, ele nunca pensou em desistir. Hoje, ele defende a disseminação da cultura da acessibilidade. "Os engenheiros e arquitetos devem projetar os espaços pensando no usuário universal, que pode ou não ter limitações físicas".

(Jornal “Tribuna de Minas”, de 27 de novembro de 2003)

Um cineasta com a câmera na mão


Franco Groia com sua Krasnogosky (K-3) em punho.

III Mostra de Tiradentes


No ano de 2000, Franco na turma da Oficina de Documentário, ministrada pelo diretor Sérgio Sanz, durante a Mostra de Cinema de Tiradentes.

Descontração no Planet Music


O diretor com o amigo Carlos Eduardo Couto (Pinguim).

Curtindo o TQ


Franco com a amiga e produtora Flávia Lima, conferindo show do TQ em sessão no Pró-Música em Juiz de Fora em 2002.

Entre amigos

Flagrante de descontração, na mesa entre amigos no Gramado Grill em Juiz de Fora. Da dir. para esq., os jornalistas Anderson Vieira, Chris Milagres, Franco Groia, Patrícia Gorgulho e Mariana Bretas.

Justiça exige caixa eletrônico adaptado


Justiça exige caixa eletrônico para deficiente
Cineasta, professor universitário, deficiente físico e cliente do Banco Bradesco, Franco Groia, morador da cidade de Juiz de Fora (MG), teve que ir à Justiça para que seu banco se adaptasse às suas condições físicas e instalasse um caixa eletrônico do qual pudesse fazer uso, sozinho, dos diversos serviços bancários disponíveis nestes terminais, sem precisar ceder sua senha a nenhum desconhecido ou ter que se restringir a usar o banco apenas nos horários de funcionamento, das 10h às 16h. Groia bateu à porta da primeira instância da Justiça mineira e conseguiu a condenação do Bradesco.
O juiz Paulo Tristão Machado Júnior estabeleceu um pagamento por danos morais e a instituição foi ainda obrigada a, em 30 dias, adaptar pelo menos um caixa de auto-atendimento da agência 0080, em Juiz de Fora, a portadores de deficiência locomotiva, sob pena de uma multa diária de R$ 500,00.
Na sexta-feira, o professor foi chamado até a agência onde os funcionários mostraram que haviam reduzido a altura de um dos caixas. "Mas ainda falta adequar alguns itens como o tempo que o caixa concede a cada operação", diz Groia. "Para um deficiente esse tempo é implacável". Os argumentos do advogado de Groia, acatados pelo juiz, foram essencialmente calcados no Código de Defesa do Consumidor (CDC) que assegura ao cliente um atendimento de forma regular e eficaz. "Cabe ao banco, que se propôs a prestar os serviços bancários, adaptar-se às exigências do consumidor de seus serviços, e não o contrário", afirma o juiz em sua decisão.
O Bradesco usou em sua defesa, segundo consta da decisão, o argumento de que segue estritamente as normas do Banco Central, mais precisamente a Resolução nº 2878 e a Lei nº 10.098, que dispõem sobre a acessibilidade e autonomia de deficientes. Nenhuma delas obrigaria o banco a dispor de tal serviço para portadores de deficiência locomotiva. Mas o juiz Paulo Tristão Machado Júnior diz que tais dispositivos citados pelo banco devem adaptar-se ao CDC e não o contrário. "O banco Bradesco, a maior instituição financeira privada do país, com lucros recordes de conhecimento geral, chegou ao absurdo de nesta audiência sugerir que o autor procure um banco que atenda suas necessidades", disse o juiz. "Seria até mesmo politicamente mais viável atender a todos os consumidores dos seus serviços, sem exceção, do que desprezá-los e recomendar que procurem outra instituição".
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Bradesco informou apenas que o banco atendeu prontamente a decisão da Justiça de forma a adaptar um de seus caixas de auto-atendimento a portadores de deficiência locomotiva, mas informou também que tomará as medidas judiciais cabíveis, o que significa recorrer à segunda instância da Justiça.

(Jornal “Valor Econômico” – 22 de agosto de 2005)

Cineastas em busca de uma Cinemateca para Juiz de Fora


Produtores de Juiz de Fora reivindicam espaço para a preservação de seus filmes.

(Jornal "Panorama" - 28 de agosto de 2005)

Dia Municipal do Cinema de Juiz de Fora sai do papel


Dia do Cinema sai do papel.

Depois de mais de três anos, prefeitura regulamenta o Dia Municipal do Cinema, a ser celebrado no aniversário de João Carriço.
Depois de três anos, seis meses e catorze dias, a Prefeitura regulamentou o Dia Municipal do Cinema na última terça-feira, em publicação nos Atos do Governo. A partir de 2006, o dia de 27 de julho, que já fazia parte do calendário oficial do município, vai contar com mostras e exibições de cinejornais de João Carriço, pioneiro do audiovisual, e de trabalhos dos alunos das faculdades de Cinema e Comunicação da cidade.
Surgido a partir do interesse da classe cinematográfica local, o projeto de lei que instituiu o dia foi proposto pelo atual Secretário de Política Social, Barbosa Júnior, na época vereador pelo PMDB, e sancionado em 06 de março de 2002 pelo então prefeito Tarcísio Delgado. O documento oficializava a data de nascimento de João Carriço como o Dia Municipal do Cinema e garantia desenvolver "eventos culturais voltados para a produção cinematográfica local, com vistas a incentivar esta atividade". E no artigo 5. garantia: "O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias após sua publicação".

(Jornal "Panorama" - 23 de setembro de 2005)

Bradesco adapta caixa eletrônico


Auto-atendimento - Bradesco adapta caixa eletrônico
Uma semana após a decisão do juiz da 8ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora, Paulo Tristão Machado Júnior, de que o Bradesco deveria disponibilizar equipamento adaptado para portadores de deficiência, a instituição instalou o caixa de auto-atendimento. No entanto, o equipamento ainda foi considerado sem condições ideais de acessibilidade a este público. Esta é a avaliação do cineasta Franco Groia, que impetrou ação contra o banco e conquistou, além de indenização de R$ 5 mil por danos morais, a exigência de adaptação sob pena de multa diária de R$ 500.
O cineasta compareceu à agência ontem, usou o equipamento e não conseguiu concluir a operação, sem contar com a ajuda de terceiros. Segundo ele, houve o rebaixamento do caixa eletrônico e das teclas usadas para as operações, além do afastamento da base, de maneira que seja possível entrar com cadeiras de rodas. No entanto, acrescentou, ainda há problemas em relação à altura da fenda usada para inserir o cartão e daquela usada para receber os comprovantes de operação. Além disso, a posição do visor também foi considerada inadequada, assim como a rapidez com que são efetuadas as operações, tornando o sistema inoperante para este público. “O equipamento tem que ser aperfeiçoado”, conclui.
O Bradesco, por meio de sua assessoria, informa que a instituição atendeu prontamente a decisão judicial, providenciando a adaptação do equipamento e instalando-o de forma a facilitar o uso por portadores de deficiência física. O banco não se pronunciou sobre as limitações identificadas, nem se pretende recorrer da sentença.

(Jornal "Tribuna de Minas" - sábado, 20 de agosto de 2005)

Ministério Público em busca da Acessibilidade Digital no sistema bancário de Auto-atendimento

ACESSIBILIDADE
MP recebe bancos para incentivar caixa de auto-atendimento
O Ministério Público de Juiz de Fora deu início ontem às audiências com os bancos de Juiz de Fora, com o objetivo de incentivar a adequação dos caixas de auto-atendimento aos portadores de deficiência. Os promotores Júlio César da Silva e Plínio Lacerda receberam representantes do Bradesco, que prometeram estudar a proposta de ampliar o número de terminais adaptados, além de franquear o modelo em uso para outras instituições interessadas em fazer a adequação. Os promotores pretendem fazer vistoria, para comprovar, por meio de laudo, se o equipamento disponibilizado é adequado a este público e se poderá ser usado como modelo para outras instituições.
(Tribuna de Minas – 16 de setembro de 2005)

Em busca dos direitos

Em Juiz de Fora Consumidor com deficiência movimenta R$ 26,4 mi/mês

O mercado ainda não direcionou o olhar para uma fatia crescente de consumidores, que concentra mais de 44 mil pessoas em Juiz de Fora e movimenta cerca de R$ 26,4 milhões por mês: a pessoa com deficiência. Embora esta população esteja aumentando sua participação no mercado de trabalho, até por força legal, ainda encontra barreiras para fazer valer seu direito de consumidor, diante da falta de acessibilidade. Os empresários ainda não fizeram as contas do prejuízo, mas ele existe e poderia ser revertido, caso as ações isoladas fossem transformadas em uma política inclusiva.
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,5% da população, o equivalente a 72,6 mil pessoas em Juiz de Fora, possuem deficiência. Deste total, 61,5%, ou 44,6 mil juizforanos, são considerados aptos e estão no mercado de trabalho, de acordo com estimativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). No estudo “Diversidade: Retratos da Deficiência no Brasil”, a entidade ainda calcula que o rendimento médio mensal desta população chega a R$ 600. O levantamento, desenvolvido em parceria com a Fundação Banco do Brasil, é de 2003.

As dificuldades enfrentadas pelo consumidor com deficiência começam pela própria moeda de troca: o real. A advogada Cláudia Maria Lazzarini, que é cega, abre a carteira e mostra as cédulas com dobraduras diferentes. Essa foi a maneira encontrada por ela para conseguir diferenciá-las. Com o artifício criado, Cláudia consegue pagar pelos produtos. O problema está em conferir o troco. “As cédulas precisam ter inscrição em braile”, reivindica. Embora as moedas mais recentes tenham tamanhos e espessuras distintas, a diferença é considerada quase imperceptível. Com isso, o uso do dinheiro fica vinculado à ajuda de uma segunda pessoa.

O sistema da escrita em relevo não faz falta apenas na moeda. A advogada destaca a necessidade de adaptar as listas telefônicas, além das embalagens de produtos e remédios. Segundo ela, nas gôndolas dos supermercados (que também não possuem informações diferenciadas para esta população) são raros os itens que podem ser identificados por deficientes visuais. No caso dos medicamentos, a saída tem sido mudar a forma de lacre, para evitar a ingestão equivocada. As dificuldades enfrentadas por Cláudia para fazer movimentações bancárias, que vão desde a impossibilidade de ler um contrato até usar um caixa de auto-atendimento, são objeto de monografia de sua autoria. Para ela, seriam necessários adaptar os contratos em braile, além de oferecer sintetizador de voz nos equipamentos. “Agindo desta forma, o mercado alija o consumidor deficiente de usufruir sua autonomia.” No cenário excludente, há exceções. A advogada descobriu cosméticos e gêneros alimentícios voltados para esta população, dos quais se tornou consumidora assídua.
Perdendo clientes
“O mercado não se abriu para o portador de deficiência. Parece que não temos condições de ser consumidores”, avalia Wesley Barbosa, advogado do Procon. Wesley comenta que a habilidade adquirida ao longo dos anos o ajuda a manusear produtos, como celulares, que não são usados por pessoas com limitação nos membros superiores, como ele. Outras dificuldades são o empacotamento nos supermercados e o uso de telefones públicos. “Da forma atual, não há como colocar ou retirar o cartão”, explica. O advogado comenta que a falta de sanitários adaptados em bares, restaurantes e shoppings restringe o tempo de permanência nesses lugares e, por conseqüência, o consumo. Na sua avaliação, indústria e comércio estão perdendo clientes, na medida em que não se preocupam em criar produtos e serviços acessíveis. Isso porque, embora eles consumam, por vezes contando com a ajuda de terceiros, o atendimento diferenciado pode significar alta nas vendas. “Temos renda, queremos consumir. Se os produtos fossem mais acessíveis, consumiríamos ainda mais.”

Barreiras resultam em gastos menores
Para a chefe do Departamento de Promoção da Pessoa Portadora de Deficiência (Depd), Thais Altomar, falta conscientização do empresariado. Com o objetivo de reverter esse quadro, os estabelecimentos que apresentam barreiras a estes consumidores tem sido visitados, para receber orientações sobre as adequações necessárias para garantir a acessibilidade. Segundo ela, a recomendação costuma ser bem-vinda, mas dificilmente é colocada em prática. Thais comenta que os problemas mais comuns são ausência de vestuários adaptados e rampas de entrada, para facilitar o acesso de pessoas que utilizam cadeira de rodas, por exemplo. “É uma fatia do mercado que gasta. E gasta muito,” avalia. Segundo a presidente do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência, Tânia Franklin Pedroso de Azevedo, uma das bandeiras a serem levantadas especialmente no dia 21 de setembro, o Dia Municipal de Luta da Pessoa com Deficiência, é a acessibilidade, inclusive no que se refere ao consumo. Tânia diz que as reclamações são constantes. Para ela, a falta de estruturação das lojas e a dificuldade de acesso a serviços e produtos refletem a ausência de organização do espaço urbano. Na avaliação de Tânia, embora os portadores de deficiência tenham direitos garantidos em lei, eles continuam sendo descumpridos. O respaldo legal existe, mas ainda há lacuna no seu cumprimento.“Existem ações de acessibilidade, mas não são suficientes. É necessária uma política pública.” Essa e outras questões serão abordadas na conferência municipal, que acontece entre os dias 28 e 30 deste mês.

Cotas para empresa favorecem renda
O chefe do setor de Relações do Trabalho, José Tadeu Lima, do Ministério do Trabalho de Juiz de Fora, comenta que a Lei 8213/91, que estipula cotas de participação dos portadores de deficiência nas empresas com mais de cem trabalhadores, veio a contribuir para aumentar a representação dessa mão-de-obra no mercado de trabalho. Segundo ele, o empresariado tem se mostrado sensível à causa, abrindo as portas para estes trabalhadores, seja por consciência da importância da responsabilidade social ou como forma de se adequar a uma exigência legal.

O consultor econômico da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio), Márcio Lana, considera o consumidor com deficiência um segmento interessante e importante para o setor, assim como os da terceira idade e dos jovens, e que precisa ser lembrado. No entanto, reconhece, ao contrário dos demais, para os quais já existem lojas segmentadas, ainda faltam ações direcionadas para esta clientela. Para o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Juiz de Fora (Sindicomércio), Oddone Turolla, o principal motivo seria a falta de cultura inclusiva, que limita as ações visando a tornar os estabelecimentos mais acessíveis. Oddone defende que, com o aumento visível da participação dessa população no mercado de trabalho, a tendência é que o empresariado volte o olhar para este público. “É um segmento substancial, que merece respeito”, defende.

BC pretende criar cédulas diferenciadas
Em entrevista à Tribuna, o chefe do Departamento de Meio Circulante do Banco Central (BC), José dos Santos Barbosa, descarta a possibilidade de colocar inscrição em braile nas notas, mas anuncia o projeto de criar uma nova família de cédulas, com formatos diferenciados, a partir de 2006. Segundo ele, essa seria uma forma de beneficiar o cego, já que as medidas adotadas, até agora, como a marca tátil (barra em diagonal localizada no canto esquerdo) nas notas de R$ 1, R$ 2 e R$ 20 inserida em 2001, servem apenas para o portador de algum tipo de comprometimento visual. Outra idéia, importada da Austrália, é disponibilizar um artefato de plástico, em que, ao inserir a nota, é possível fazer a leitura do valor em braile. Nesse caso, não há data prevista para implementação. Com relação às moedas, Barbosa comenta que, na época de criação da nova família em 1998, o uso de tamanhos e espessuras diferenciados teve por objetivo facilitar a identificação tátil. “É difícil, porque o mundo ainda não inventou uma forma de facilitar a vida do deficiente, mas estamos fazendo esforços para atendê-los,” alega.

(Jornal “Tribuna de Minas”, de 04 de setembro de 2005)

JUSTIÇA


Direito garantido
Um deficiente físico ganhou uma ação inédita na Justiça brasileira. Inconformado com o fato de não conseguir utilizar caixas eletrônicos, o professor universitário de Juiz de Fora, Minas Gerais, Franco Groia, que é cadeirante, processou quatro bancos dos quais era correntista. Groia ganhou em primeira instância uma ação contra o Bradesco. A sentença prevê o pagamento de R$ 5 mil por danos morais e obriga a agência que ele freqüenta a instalar um caixa adaptado.
(Revista Época n. 379, de 22 de agosto de 2005)

Inclusão digital


Banco de Juiz de Fora é condenado por falta de acesso a deficientes

O juiz da 8ª vara cível da comarca de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Paulo Tristão Machado Júnior, condenou uma agência do Bradesco na cidade a pagar a quantia de R$ 5 mil por danos morais ao deficiente físico e professor universitário Franco Groia. No processo, o professor alega que vem sofrendo constrangimentos e humilhações pela inexistência de caixas eletrônicos especiais no auto-atendimento. A sentença estabelece ainda prazo de 30 dias para que pelo menos um caixa eletrônico seja adaptado, sob pena de multa diária de R$ 500 em caso de descumprimento.
“Considero que a instituição bancária vem prestando serviços de forma inadequada, incompleta, restritiva, constituindo um verdadeiro ato ilícito”, afirmou o magistrado. Groia entrou com a ação em maio do ano passado, contra quatro bancos onde tem conta corrente. “Fizemos história", disse o professor, afirmando que não há decisão similar no Brasil. A instituição foi procurada pelo ESTADO DE MINAS, mas não se pronunciou ou informou se irá recorrer.
O Franco Groia tem distrofia muscular, o que limita os movimentos das pernas e braços. Embora consiga locomover-se com uma cadeira de rodas elétrica até as agências bancárias, o auto-atendimento, fora do horário do expediente bancário, é sempre uma barreira intransponível para o professor, que usa o serviço pelo menos três vezes por semana.
O professor enfatiza que depende necessariamente de outra pessoa para completar cada operação bancária, o que o obriga a revelar a senha. Groia disse ainda que só realiza as transações porque conta com a boa vontade de amigos ou parentes. "Não é o homem que tem que se adaptar às máquinas, mas sim as máquinas que precisam estar adequadas à nossa necessidade”, declarou.
Na sentença, a Justiça reconhece a dificuldade e o constrangimento enfrentados pelo professor. "Não é admissível que um correntista, valendo-se da propaganda de um equipamento de auto-atendimento, não possa utilizá-lo senão com a ajuda humilhante de terceiros, quando até mesmo a senha é revelada", considerou o juiz Paulo Tristão.
Defesa argumenta com normas do BC
O advogado do professor valeu-se da Constituição Federal, dos códigos Civil e de Defesa do Consumidor na ação. “O direito do consumidor é superior a qualquer tipo de norma do Banco Central”, afirmou Groia, contestando uma das teses da defesa, segundo a qual não existe uma imposição legal para que os caixas eletrônicos sejam adaptados.
O professor universitário ressaltou que, em sua primeira vitória na Justiça, a quantia de R$ 5mil a ser paga pelo banco por danos morais tem mais valor simbólico do que financeiro. Groia lembrou que muitas pessoas portadoras de necessidades especiais, por vergonha, não se motivam a enfrentar o problema.
Apesar da conquista judicial, o professor ficou revoltado com um dos argumentos usados pelo banco. A defesa sugeriu que Groia deveria procurar outra instituição, em condições de prestar o serviço de maneira mais apropriada. “Para eles, somos apenas números. Eu seria menos um cliente”, afirmou. Na decisão, o juiz Paulo Tristão também considerou o argumento impróprio. “Até mesmo politicamente, seria mais viável atender a todos os consumidores do seus serviços, sem exceção, do que desprezá-los e recomendar que procurem outra instituição”, afirmou o magistrado.
(Jornal "Estado de Minas" - 16 de agosto de 2005)

Cidadania


Consumidor ganha indenização de banco na Justiça
Um correntista de Juiz de Fora conquistou na Justiça indenização de R$ 5 mil por danos morais, por conta da falta de acessibilidade dos portadores de deficiência aos terminais bancários de auto-atendimento. A decisão do juiz da 8ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora, Paulo Tristão Machado Júnior, concedida no dia 10 de agosto, atende ação impetrada pelo cineasta Franco Groia contra o Bradesco. O banco terá, ainda, 30 dias para providenciar a disponibilização de equipamento adaptado, sob pena de multa diária de R$ 500. Há possibilidade de recurso.
Segundo o cineasta, a ação foi impetrada há mais de um ano contra o Bradesco e outras três instituições bancárias das quais ele é correntista. A decisão foi motivada pela constatação de que os equipamentos não oferecem condições de acesso e operacionalização para os portadores de necessidades especiais, principalmente após o fim do expediente bancário. De acordo com Franco, a utilização depende da ajuda de funcionários ou de terceiros, sendo necessária a exposição de dados confidenciais, como a senha, causando constrangimento. “Os portadores de necessidades especiais são literalmente excluídos do sistema de ditadura tecnológica”, avalia. O cineasta, que utiliza o auto-atendimento pelo menos três vezes na semana, avalia que menos importante do que o valor recebido é a possibilidade de abrir precedente para que outros portadores reivindicarem seus direitos.
Na sentença, o juiz considerou inquestionável o fato de o autor ficar restrito na utilização de sua conta, principalmente fora do expediente bancário. “Não é admissível que um correntista, valendo-se da propaganda de um equipamento de auto-atendimento, não possa utilizá-lo senão com a ajuda humilhante de terceiro. Até mesmo a senha deve ser revelada.” Na avaliação de Paulo Tristão, o serviço da forma com que vem sendo prestado é considerado incompleto e insatisfatório em se tratando de deficientes físicos. O Bradesco, por meio de sua assessoria, afirma que não se pronuncia em casos sub judice.
(Tribuna de Minas - Juiz de Fora, quarta-feira, 17 de agosto de 2005)

22 setembro 2005

Entrevista para o Zinecultural


(Entrevista realizada ao portal ZineCultural em 01 de Maio de 2001.)

Em um descontraído bate-papo na Planet Music, o cineasta Franco Groia nos concedeu uma abrangente entrevista, onde falou-se sobre o curta "Calçadão", novos projetos, internet, apoio da iniciativa privada, entre outros assuntos. Vale a pena dedicar-se a leitura desta entrevista, que traz uma visão real do que é fazer cinema hoje em nossa cidade (única não-capital a produzir filmes). Agradecemos ao amigo Franco por toda simpatia dada a nossa equipe.
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ZineCultural: Conte um pouco sobre sua origem.
Franco Groia: Me formei na faculdade de Comunicação da UFJF em 98 e direcionei meu curso para TV. Desde criança tenho em mim o cinema como linguagem, enquanto fala de espetáculo, como a transformação da realidade que é a linguagem cinematográfica. Sempre li muito sobre cinema, via todos os filmes possíveis. No final do curso tive oportunidade de ter contato com Walter Lima Júnior, fui aluno dele e assistente de direção; Mário Carneiro, diretor do cinema novo; César Elias; e nós partimos para questão técnica, o que eu já tinha de teoria eu fui aplicar na prática.
ZC: E como o curta Calçadão começou a nascer?

Franco Groia: Houve a oportunidade do primeiro concurso de roteiro para curta metragem em Juiz de Fora. A gente se inscreveu, eu fiz o roteiro do curta "Calçadão" , que era a primeira proposta de um primeiro filme película, contando a história do nosso dia-a-dia. Muitas outras cidades que possuem um Calçadão podem se identificar com o curta, que em nenhum momento se refere ser o de Juiz de Fora. E a gente teve a felicidade de ser um dos cinco vencedores, não teve uma colocação, mas cinco agraciados pelo prêmio e partimos para produção.

ZC: Fazer cinema no Brasil não é tarefa fácil, não é mesmo!?


Franco Groia: Fazer cinema hoje é muito caro e se caracteriza por um pioneirismo ainda, apesar de estar melhorando no sentido de produção. Neste início nós tivemos muitos problemas financeiros para leventar a produção. Não tinha nem destinação de verba, nem o empresariado local tinha a mídia de curtametragem/cinema na sua intenção de marketing, então, todo esse processo de modificação do "pensar marketing" em Juiz de Fora, para cinema, a gente empreendeu. Nove empresas fizeram parte deste projeto.
ZC: Como foi trabalhada a fotografia do Calçadão?
Franco Groia: O "Calçadão" é um filme móvel, dinâmico, necessitava de uma câmera que não fosse mais um em personagem, ela tinha que ser o olhar do espectador. E essa câmera, de certa forma essencial para as filmagens do curta, foi conseguida graças a esses patrocíneos, afinal é uma câmera muito cara.

ZC: Como foi trabalhar com César Elias?

Franco Groia: A partir de cursos com César Elias, foi possível um contato pesoal e conseqüente convite profissional para no meu primeiro filme, ele ser o diretor de fotografia, e ele tinha o conhecimeto e o know how de buscar essa tecnologia. Ele fez mais de 80 filmes entre longas e curtas. Isso "somou" essa questão técnica, por isso os patrocíneos foram fundamentais. A "finalização" durou dois anos para terminar. O CTAV (Centro Tecnológico Áudio Visual) da Funart - departamento de cinema, no qual o roteiro havia sido premiado - não tinha viabilidade técnica para finalizar o filme. Isso me impossibilitou de ter esse serviço de graça. Precisei buscar empresas do setor, profissionais, extremamente caras para realizar este tipo de serviço. Então entrei com o projeto na lei do incentivo municipal que é a Lei Murilo Mendes, em 99. Recebemos o incentivo no ano 2000, só assim foi possível terminar essa questão da finalização da imagem, e o som (em equipamento digital) que também é uma questão fundamental. O áudio era incrível do jeito que eu queria. Eu queria inserir o espectador dentro daquela roda do curta "Calçadão", interagindo, sendo exatamente a testemunha ocular daquilo que passa.

ZC: Qual a trajetória do Curta daqui em diante?

Franco Groia: "O Calçadão" ainda tem um caminho a percorrer. O filme nasceu em JF e assim partimos para os festivais. Já participou da quarta amostra de cinema em Tiradentes, onde foi possível a finalização do filme. Dois dias depois de pronto, o filme foi exibido em praça pública na cidade de Tiradentes, onde foi muito bem recebido. Mas é uma sensação diferente que a estréia aqui em JF. Uma cidade até então incrédula na questão do fazer cinema, viu que é possível acreditar na questão da linguagem cinematográfica aliada ao marketing cultural, à arte de fazer cinema. Para isso, tem que ter o capital das empresas privadas aliado também ao poder público - porque a gente dependeu da Lei do Incentivo - pois é a arte mais cara, a atividade economômica e cultural mais cara que existe, não só no Brasil. Então, precisa ter esse entendimento para as coisas continuarem.

ZC: Como estão os novos projetos da Groia Filmes?


Franco Groia: A Groia filmes aconteceu a partir do "Calçadão", com o intuito de fazer um produto audio-visual/cinema . Uma produtora que basicamente faz cinema que veio com intuito de realizar essas produções que são nossas.
A "Groia Filmes" hoje tem quatro projetos de curta metragem. Eu e meu sócio, o Léo Vítor (Leonardo Vitor Hugo); temos a intenção de fazer em Juiz de Fora esse pólo de produção de curta. A Groia filmes oferece para a cidade esse diferencial, oferece para JF um produto nosso, e muito mais, oferece para fora da cidade, porque o interessante também é vender a imagem de Juiz de Fora enquanto pólo de produção áudio-visual aliado a essa qualidade de dramaturgia e de técnica que o cinema proporciona. Primeiramente estamos com um projeto de curta metragem, estamos finalizando um curta agora que é da "Família Calçadão". O "Calçadão" também teve essa característica de agregar várias pessoas do meio, dos custos, do pólo áudio-visual. - hoje nós estamos produzindo um filme do editor de "Calçadão" chamado Aleques Eiterer, ele está formando na UFF e é daqui de JF, é o terceiro curta metragem dele, é o primeiro fora da UFF. Filmamos em dezembro e começamos agora a finalização dele. O outro é o continuísta do "Calçadão" que é o Thiago Almeida Júnior, esse filme foi premiado na Lei Murilo Mendes e está habilitado hoje na Lei Estadual de Cultura. Então, estamos buscando capital das empresas, na questão da isenção fiscal do ICMS. Em breve nas telas "O Fio e a Cidade", é uma história muito interessante que tem como principal fio condutor a história de 100 anos de uma família montada a partir da imagem de fotos, de acervos fotográficos de uma cidade, no caso de JF. Onde todo o fato industrial, têxtil é contado através desta família de imigrantes, até hoje. É muito legal, muito importante esse projeto e que tem em torno de 7 minutos de duração, que a gente está captando para a ampliação do negativo e finalização final do texto.
ZC: Do que depende mais para se realizar um filme?
Franco Groia: Cinema é a arte da realização coletiva. Porém, eu acredito que realizar um filme depende muito mais da realização e da vontade pessoal dos produtores em finalizá-los do que qualquer outro fator. Problemas existem aos milhares, todos sabemos, e são os mesmos para todos os produtores. Se determinados filmes não foram finalizados na cidade, tem que se introduzir em Juiz de Fora a questão da profissionalização do setor. Mas não se trata de culpar somente os realizadores, mas sim o próprio sistema de fomento à atividade em nosso município. Nós realizadores somos apenas a ponta e reflexo de um sistema mal idealizado. Em outras palavras, precisamos estruturar e profissionalizar o setor na cidade, pois aqui se promovem, por exemplo, concursos com recursos públicos, que é dinheiro nosso, que não perfazem sequer 15% dos custos de produção muito menos garantem o que deveria ser mais importante no município: a garantia do emprego, mesmo que temporário, para os trabalhadores do setor. Estou muito feliz em ter empreendido a produção de "Calçadão", que não foi uma conquista só minha, mas de toda uma equipe, pois muita gente deixou de receber em prol da produção. É meu primeiro filme, então uma primeira experiência nesta arte e todos abraçaram esse intuito para viabilizar sua finalização. Sem dúvida esta sempre é a etapa mais sacrificante, mais desgastante deste processo, mas se a gente não se mover, o dinheiro não vai cair do céu.
ZC: Como estão os outros filmes que também ganharam o concurso de roteiros?
Franco Groia: O Concurso de roteiros foi há três anos atrás (1998), eu sinto muito pela questão da não realização de vários filmes também premiados àquela época. Hoje, nossa cidade poderia, inclusive, estar à frente até da capital BH no que diz respeito ao número de produções de curtas realizados em Minas. Além do fato ímpar de JF ser a única cidade não capital do país que produz cinema de ficção regularmente. Juiz de Fora tem o privilégio de ter realizadores de cinema, como por exemplo o José Sette, que é um grande produtor, o Rogério Terra e alguns outros. Nós possuímos um somatório de condições favoráveis que têm e precisam ter continuidade. Já pensou que bom seria se tivéssemos todos esses filmes para a comunidade e para a cinematografia mineira? Inclusive "O Fio e a Cidade" (do Thiago Almeida Júnior) e o "Verdade ou Conseqüência" (do Aleques Eiterer) que foram contemplados no segundo concurso de roteiros - os quais nós estamos empreendendo - são parte de uma realidade de produção que vai acontecer e que, até o final do ano, com certeza pelo menos um deles estará finalizado, com metas que deverão ser atingidas. O setor audiovisual é muito amplo; também tem o setor de publicidade - de comerciais para TV. Por exemplo, "Calçadão" é responsável, de certa maneira, de uma espécie de "transferência" de Knowhow técnico da produção nacional para a cidade de JF, através de um verdadeiro intercâmbio de experiências práticas entre os muitos profissionais envolvidos do setor e inclusive no que se refere à fase de finalização. O cinema proporciona à cidade esse ganho, um ganho de qualidade.
ZC: Ano passado a Groia Filmes realizou cursos na cidade, existem planos neste sentido para o futuro?
Franco Groia: Estamos com possibilidade de empreender também uma série de cursos, que estão para acontecer na cidade e tem interesse tanto a nível regional como nacional. Nós vamos implementar neste ano seis cursos de profissionalização, ano passado fizemos a primeira experiência com Alexandre "Xanxão" Alvarenga, no Privilège, que é um diretor de comerciais da cidade. Estamos em busca da consolidação deste projeto. Pensando nessa profissionalização do setor, poderemos alçar vôos bem maiores que JF já pensou; mas com muita seriedade, sem devaneios. Nós devemos fazer aos pouquinhos. Juiz de Fora vai ganhar muito com as produções audiovisuais realizadas aqui; porque é o nome da cidade, é a imagem da cidade, fazendo-se conhecida nacionalmente ou mundialmente graças às produções que acabam "vendendo" a cara da cidade para fora de suas fronteiras. Juiz de fora não tem o diferencial turístico como outras cidades e metrópoles, contudo tem a questão urbana e cultural da nossa gente, então isso precisa ser divulgado. É aí que precisamos pensar e tomar essa imagem positiva e também profissional, trazendo a reboque algum tipo de turismo e outras coisas mais. Temos aqui a floresta do Krambeck, uma das maiores florestas urbanas e particulares do mundo, e as pessoas sequer sabem disso; temos o Central que está lindo e... temos o "Calçadão " da Halfeld. (risos)
ZC: Você pensa em produzir filmes voltados para a Internet?
Franco Groia: Hoje, devido à tecnologia presente na internet, o fazer filme para ela requer uma modificação da linguagem e até um jeito diferente de realizar uma produção de visual pois é uma mídia que já nasceu interativa. A gente tem um projeto também interativo que está para acontecer em relação a essa questão. Além desses projetos, que estão em andamento, nós estamos entre estes mais de 300 projetos inscritos na Lei Municipal deste ano e esperamos que a lei faça a seleção correta e que nós possamos continuar a realizar novas produções de qualidade para nossa cidade, dando chances aos artistas e técnicos de nossa região e, claro, também poder empregá-los. Estamos torcendo para que estes nossos projetos futuros dêem certo e se realizem.
ZC: Para dar certo falta incentivo?
Franco Groia: Nós estamos abertos aos empresários da cidade (que não estão inseridos no SIMPLES) que estejam interessados em experimentar a Lei Estadual de Incentivo de Cultura - onde a verba do marketing pode ser deslocada do próprio imposto a pagar ou devido, ou seja, desloca verba do imposto que já se paga mensalmente para o seu marketing. Em outras palavras: aplicar em marketing a custo zero. Nós, produtores culturais habilitados na lei, somos como profissionais "terceirizados" pela Secretaria fazendária do Estado. Somos "intermediadores" da negociação do abatimento do ICMS, do imposto já devido. As pequenas, médias e grandes empresas que não estiverem enquadradas no SIMPLES e que pagam ICMS ao governo, pode trabalhar todo mês parte deste valor (3%) em mídia, pode trabalhar com o marketing cultural, agregando a sua marca ao nosso produto cultural, que no caso, é o curta "Fio e a Cidade".
ZC: E, para finalizar, fique a vontade para mandar seu recado...
Franco Groia: Estamos abertos para o esclarecimento de dúvidas e informações através do e-mail franco@nextwave.com.br e através do telefone (32) 9103-0105. O site do filme "Fio e a Cidade" já está pronto e estará em breve no endereço www.groiafilmes.com.br/ofioeacidade. Um abraço ao pessoal do ZC. É uma satisfação e orgulho estar junto com vocês nesse site, divulgando a nossa cultura.

Sonhar é não ter limites

Em primeiro plano: O franco olhar de um diretor.

O teu olhar enquanto caminha Franco,
a mim, me parece estar à altura de um devoto em reza.
Um olhar de menino, que depois da chuva descobre sete cores no céu.

Caminhando eu em tua companhia, querido amigo,
imagino meu olhar estar à tua altura também.
Meus olhos de criança brincam em segredo buscando desvendar os teus.

Um homem menino de passos gigantes!
É que teus passos de rodas têm asas velozes de quem sonha!

E te acompanho com meus olhos vivos.
Os teus, de película, brilham e enxergam além!

Caminhando eu em tua companhia, Franco,
percebo desenhos da calçada adormecidos,
escondidos na infância da minha alma.

Ao teu lado, sem olhar para frente enquanto caminho,
eu me sinto forte, eu me sinto grande como menina também.

“Sonhar é não ter limites”


Ana Cecília
setembro de 2003.

Oficina do Saber


Inovação
O Shizen inova com a Oficina do Saber, seguindo o exemplo dos grandes centros, onde são promovidos encontros de amigos para debater assuntos culturais, artísticos e científicos. O tema piloto “O breve século XX” foi coordenado por Sérgio Medeiros e Jorge Antônio e reuniu nomes-notícia. Estavam lá: Patrícia Touma, Oneida Werneck Herédia, Jane Sotto Maior, Ângela Gravina, Andréa Thess, Emílio Aleixo, Kity Nardelli, Raquel Nardelli Araújo, Alethéia Westermann e P.C. Lourenço, Cristiana Pascini e Raphael Barreto, Izabella Pinheiro, Hildegarda e Augusto Pascini, Roberta Malvacini e Gustavo Navarro, Zilda e Caíque Leal Teixeira (com a filha Gabriela), Letícia Machado e Marcelo Mendonça.
O tema do próximo encontro será “Cinema”, com a presença de Franco Groia.
(Jornal Tribuna de Minas - Coluna Cesar Romero - dia 29 de maio de 2005)

21 setembro 2005

Bastidores das filmagens de "Calçadão"


Flagrante do set de filmagem do curta "Calçadão - Onde de Tudo acontece", em plena rua Halfeld, realizada no mês de abril de 1999. Trata-se do momento anterior à filmagem do plano sequência de abertura do filme, onde a equipe conversa sobre os últimos acertos para a realização da cena. Na foto de Mauricio Mazzei, vemos, da esquerda para a direita, o ator Marcelo Jardim (de terno), o assistente de direção Cleisson Vidal, o diretor Franco Groia, o direto de fotografia Cezar Elias, o assistente de direção Gil Berbari e o ator Tadeu Santos.

Estréia do Blog


Este é o Blog Oficial do cineasta e professor Franco Groia.
A partir de agora, qualquer pessoa poderá ter acesso a textos, imagens e comentários exclusivos sobre o cineasta. Melhor que isto, é disponibizar um espaço virtual onde todos podem interagir e comentar sobre os assuntos aqui abordados.
Sejam bem vindos!!