02 março 2010

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19 outubro 2009

I Conferência Municipal de Cultura de Juiz de Fora define prioridades para o setor

Dez prioridades foram definidas durante as discussões da I Conferência Municipal de Cultura de Juiz de Fora, realizada pela Funalfa no último fim de semana, entre os dias 16 e 18. Além de estabelecer metas nas esferas nacional, estadual e municipal, o encontro serviu para eleger os delegados que representam Juiz de Fora na II Conferência Estadual de Cultura. Entre os membros da Sociedade Civil, foram eleitos Carlos Alberto Campos, Franco Gróia e Elisângela Pires, tendo como suplentes Régis José de Oliveira (Régis da Vila), André Luiz Brasilino e Wilton Dias Cordovil. Como Entidade Cultural, foram eleitos Jefferson Januário (Negro Bússola) e o suplente Valdir Carvalho da Silva. O delegado da Funalfa é o superintendente da unidade, Toninho Dutra e sua suplente é Fernanda Amaral. A delegada representante dos Órgãos Públicos é Emília Sandra Costa Barcelos (Sandra Emília).

A II Conferência Estadual de Cultura deve ser realizada até dezembro deste ano. A etapa posterior do processo é a Conferência Nacional de Cultura, prevista para março de 2010. “A conferência foi marcada pela democracia e pluralidade, apesar da baixa adesão da classe artística. Tivemos 200 inscrições, mas somente 118 pessoas participaram efetivamente dos trabalhos. No entanto, os que estiveram presentes imprimiram seriedade às discussões, garantindo a consistência das propostas levantadas no encontro”, avaliou o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, que também foi o coordenador executivo da conferência. Ele disse que as discussões seguem com o processo de criação do Sistema Municipal de Cultura. “Quando esse processo estiver encerrado, a cidade estará apta a filiar-se ao Sistema Nacional de Cultura. Seremos um dos primeiros municípios a atingir essa condição”, afirmou Toninho.

Confira as prioridades:

- No âmbito municipal:

1 – Realização de diagnóstico e censo cultural a cada quatro anos, a partir de 2011, para mapear os espaços culturais e os agentes já atuantes nas diversas regiões de Juiz de Fora, assim como as manifestações culturais nelas realizadas. Estes instrumentos abrangeriam as vocações artísticas de cada local e as necessidades (materiais, humanas, de adaptação à diversidade e à acessibilidade universal) de cada um deles. A Funalfa e o Conselho Municipal de Cultura (Concult) coordenarão as atividades do censo e do diagnóstico.

2 – Mobilização e conscientização da classe artística local, envolvendo os agentes culturais de todas as regiões da cidade, para a participação nos fóruns permanentes organizados pelo Concult. Essas ações permitiriam que as necessidades de cada uma das áreas artísticas e regiões de Juiz de Fora fossem levantadas e encaminhadas para a elaboração de um Plano Municipal de Cultura (PMC), o que garantiria que as políticas públicas culturais elaboradas não se limitassem a apenas uma administração municipal.

3 – Criação de uma rede de pontos de cultura municipais, em ampliação e integração à política homônima do Governo Federal.

4 – Criar a Secretaria Municipal de Cultura, incorporando a Funalfa em sua organização administrativa.

5 – Criação de uma política educacional de formação continuada para professores, artistas, arteeducadores e produtores culturais, com ênfase na diversidade cultural local.

6 – Investimento em instrumentos para capacitação dos agentes culturais já existentes em Juiz de Fora e região, assim como formação de novos agentes. Um dos meios para a capacitação e a formação seria o oferecimento de cursos que abordassem temas como produção cultural e gestão de projetos.

- No âmbito estadual:

1 – Descentralização da Secretaria Estadual de Cultura

2 – Isenção por parte do governo estadual das taxas de segurança pública e do Ecad para manifestações caracterizadas como festas populares, com histórico popular e sem fins lucrativos

- No âmbito nacional:

1 – Estabelecer e estimular a formação de ações diversificadas de integração da cultura nacional, por meio de programas de quantificação, divulgação, difusão e circulação, em que haja o intercâmbio entre as regiões brasileiras. Com este objetivo, o MinC deve garantir espaço relevante nos meios de comunicação, de forma democrática, às manifestações da diversidade cultural e aprimorar os mecanismos de mensuração dessa produção, com vistas à melhor distribuição dos recursos públicos em todos os níveis da federação.

2 – Ampliação dos recursos econômicos para setores ligados à preservação do patrimônio cultural - material, imaterial e natural -, possibilitando também a implementação permanente de um Projeto de Educação Patrimonial, aliada a uma definição de política de utilização dos espaços tombados.

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa, pelo telefone 3690-7044

18 dezembro 2007

Quando o baixo é o instrumento principal

De instrumento-base a estrela de uma banda inteira, nas mãos de Dudu Lima o contrabaixo perde o ar de coadjuvante para assumir o papel principal. Aos 35 anos, o baixista juizforano acumulou a experiência que o público pode conferir em seu primeiro DVD, cujo lançamento acontece nesta quarta, no Comemorare. “20 anos de pura música” traz muitas participações especiais, entre elas a de Stanley Jordan, que há sete anos escolheu Dudu para acompanhá-lo em todas as suas apresentações pelo Brasil.

A parceria dá ao público da cidade o privilégio de ver Dudu e Jordan tocando juntos e ao vivo pela quarta vez, no show que terá ainda Big Joe Manfra e Ivan Conti Mamão (Azymuth), além do quarteto local Weber Martins, Dudu Viana, Ricardo Itaborahy e Leandro Schio. “Somos amigos há décadas. Dividir o palco com eles é olhar para trás e saber que o rumo tomado foi bom, provocou a união, a amizade e o crescimento conjunto de técnica, concepção e amizade”, diz Dudu.

O repertório será baseado no DVD, cujo material havia sido gravado em outubro de 2006, mas a disponibilidade de Jordan em participar do registro fez todo mundo voltar para o palco dois meses depois, quando o guitarrista excursionava pelo país. Os dois primeiros discos de Dudu, “Regina” e “Nossa história”, foram integralmente autorais. Desta vez, ele optou por registrar as músicas que mais marcaram sua carreira, utilizando baixo acústico e elétrico. “É um resumo do que fiz nestes 20 anos”, sintetiza, frisando que há muita música brasileira, além do jazz, que permite maior liberdade ao contrabaixo com mais freqüência que outros estilos.

“Quando se fala em jazz, imagina-se logo os standards americanos, mas, na verdade, estamos falando de música instrumental. Sempre toquei muita música mineira, ‘Cravo e canela’, ‘Nascente’ fazem parte do meu repertório, mas escolhi ‘Clube da esquina 2’ para fazer parte do disco porque tinha um arranjo que toco há 15 anos”, explica Dudu, dizendo que Milton Nascimento foi sua primeira influência - “lá em casa todo mundo ouvia” -, sem deixar de citar Toninho Horta. Neste formato das mais tocadas, entraram para o disco “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “Brasileirinho” (Waldir Azevedo), “O trenzinho do caipira” (Villa-Lobos) e “Mercy, mercy, mercy” (Joe Zawinul), além de composições próprias, como “Regina”, gravada por Stanley Jordan em seu próximo CD.

Música espiritualDudu começou a tocar aos 11 anos. Aos 13, já ganhava dinheiro com música e, aos 15, dividia seu tempo entre dar aulas na cidade e estudar com Yan Guest e Adriano Giffoni, no Rio. O que estimulou tanto trabalho desde cedo? Dudu explica: “L0go que comecei a tocar, ganhei uma fita de vídeo do baixista americano Jaco Pastorius, que influenciou toda uma geração. Isso foi por volta de 1985, quando Jaco morreu. Antes dele, havia contrabaixistas acústicos de destaque, mas foi ele quem definiu o contrabaixo como instrumento solo. Na minha inexperiência, entendia pouca coisa do que estava vendo, mas sabia o que queria estudar, o que queria fazer com a música. Isso me deu uma direção, um caminho a seguir.”

E este caminho é muito próximo daquele seguido por Stanley Jordan. Ambos compartilham a mesma visão da música como algo espiritual. “Depois do primeiro show que fizemos, ele me deu um abraço e ficamos conversando por umas quatro horas. Acho que temos uma telepatia musical. A pessoa que ele é, a afinidade que a gente tem, o jeito de ver as coisas com profundidade e mais de 120 shows juntos. Tudo isso nos mostra o lado espiritual da música. Somos profissionais, vivemos disso, mas a música tem um lado de vocação, de transformação, que queremos levar para todo mundo”, diz Dudu.

Para Dudu e Jordan, esta extensão “para todo mundo” pode não incluir os meios de comunicação de massa, mas passa por hospitais e favelas. O mesmo show que fizeram no Teatro Municipal de São Paulo há pouco tempo foi apresentado na favela do Capão Redondo. “Não há diferença na receptividade, só no cenário”, afirma o baixista, acrescentando que, no mesmo dia, a comunidade recebeu shows de Lecy Brandão e de um DJ, além dos instrumentistas, sabendo apreciar todos os estilos.
Produção juizforana
Dudu Lima faz questão de dizer que pode tocar no mundo inteiro, mas não quer sair de Juiz de Fora, e que o DVD é resultado do trabalho de gente da cidade. “O que ganho por estar aqui é muito. É estar feliz com a vida.” Produzido pela Gravatás Arte e Cultura, o DVD contou com as empresas juizforanas Arca Music e Groia Filmes.

A Groia Filmes aposta no bom resultado do DVD de Dudu Lima para captar recursos para os filmes “Lanterna Mágica” e “Tedem”, ambos habilitados na Lei Rouanet. O primeiro, com roteiro e direção de Alexandre Alvarenga (Xanxão), conta a história fictícia de um diretor de cinema frustrado que tenta realizar um filme sobre Carriço. Comandado por Franco Groia, “Tedem” é um vídeo documentário sobre a concepção do instrumento e do método de ensino de música criado por Estêvão Teixeira.

- Nesta quarta, às 22h no Comemorare (Rua José Lourenço nº 714 - São Pedro.). Ponto de venda: Microtools, Phormar e Livraria Leitura. Informações: 3217-7595.
(Publicado no Jornal Tribuna de Minas, 18 de dezembro de 2007)

17 dezembro 2007

Novos filmes

Flávia Lima e Franco Groia, da Groia Filmes, a todo vapor na produção de dois longas.Eles foram habilitados pela Lei Rouanet para o projeto de “Lanterna Mágica” (filme sobre Carriço iniciado por Alexandre Alvarenga) e o documentário sobre o revolucionário “Método Tedem de Musicalização”, criado por Estevão Teixeira.

(Publicado na Coluna Cesar Romero do Jornal Tribuna de Minas, 16 de dezembro de 2007)

23 setembro 2007

Movimento Contemporâneo

Performances e reflexões sobre o universo da dança

“Um momento para discutir linguagens contemporâneas inseridas na dança.” É assim que a diretora da Ekilíbrio Cia. de Dança, Christine Silmor, define o Movimento Contemporâneo, que, este ano, está em sua segunda edição e se desenvolve a partir do tema “A construção de linguagens artísticas fora dos grandes centros”. O evento, direcionado para artistas, produtores, terapeutas e apreciadores da dança em geral, teve início ontem e continua hoje com apresentações performáticas e debates gratuitos, no Teatro do Pró-Música. Para a entrada, pede-se apenas a doação de um material de limpeza ou higiene.

A sessão de performances e espetáculos de dança será realizada das 19h30 às 21h30 e terá a participação de sete grupos de Juiz de Fora. Do Rio de Janeiro, virá a Cia. Eu com Ela, apresentando “Mana tão longe tão perto”, e de São Paulo, a Cia. de Dança Ame, com o show “Quem colabora em ou participa de outrem”. Entre as criações de companhias locais, o público poderá conferir “Pedaços de mim”, do Espaço de Dança JF, “Territórios”, da Voz do Corpo, “Trêmula”, da Y Cia. de Dança, e “60”, da Inércia Zero, além de “Mudança”, de Soraia Ramos, “À la table”, de Lia Mota, e “4’33”, de Raíssa Ralola.

Segundo Christine Silmor, a intenção é promover uma troca de linguagens e apresentar à cidade o que os grupos locais e de grandes centros, como Rio e São Paulo, têm pesquisado em termos de dança contemporânea. Ela afirma que esse movimento de pesquisa e prática está apenas começando em Juiz de Fora, e a expectativa é fazer este evento crescer a cada ano.

Ela defende a interação entre todas as formas de manifestação artística e considera que, atualmente, quem trabalha com arte deve saber utilizar os elementos tecnológicos disponíveis. E é sobre esse assunto que os convidados da mesa de debates deste sábado vão discutir, hoje às 21h30. Edson Leão falará sobre a perspectiva da música, Giovane Aguiar fará colocações sobre a dança, Marcos Marinho abordará aspectos do teatro e Franco Gróia responderá sobre questões relacionadas ao audiovisual. A mesa será mediada pelos filósofos Maria Helena Falcão e Thiago Adão Lara.

(Fonte: TM de 22 de setembro de 2007)

02 setembro 2007

Cinema em foco - À espera de um filme

Os juizforanos poderão assistir, ao mesmo tempo que o resto do país, o nacional "Cidade dos homens", que chega hoje às salas de todo o Brasil. No entanto, terão que esperar mais um pouco para conhecer a última produção do diretor Daniel Filho, “Primo Basílio”, que estreou em 24 de agosto e está previsto para aportar por aqui apenas na próxima semana. Mas atrasos e ausência de bons lançamentos não são novidade para os amantes da sétima arte da cidade. “Saneamento básico”, “O cheiro do ralo”, “Babel”, “Déja vu”, “A rainha” e “Dream girls - Em busca do sonho” chegaram por aqui 30 dias depois de estrearem nas principais salas do país. Longe de exageros, “Apocalypto” e “Borat” superaram um mês de atraso, só ficando à frente de “O último rei da Escócia” e “O bom pastor”, que estrearam em Juiz de Fora 90 dias depois, enquanto que os estrangeiros “Pecados íntimos” e “Cartas de Iwo Jima” e os brasileiros “Cão sem dono” e “500 almas” nem deram o ar da graça por aqui. Exibidores e distribuidores não conseguem chegar a um acordo em relação aos motivos desse descompasso. A falta de cópias é o argumento dos donos de cinemas, contestado pelos distribuidores, que alegam desinteresse destes por filmes que não tenham bilheteria garantida.
As estudantes Raquel Ribeiro, 14, Luara Herédia, 15, e Nayelle Sales, 16, lamentam que o “Primo Basílio” esteja demorando tanto para entrar no circuito juizforano, acreditando “não haver, aqui, salas suficientes para atender o mercado nacional e internacional”. Em 2004, a jornalista Adriana Abrantes, 27, saiu de Juiz de Fora rumo a Belo Horizonte para ver o filme “Em carne viva”. “Era um filme que eu queria muito ver no cinema, com a magia que o DVD não tem”, lembra. Esse ano, mais uma frustração para Adriana, que esperou por “Maria Antonieta”, que estava, inclusive, entre os indicados ao Oscar, e nada.
Entre as distribuidoras e as salas de exibição
Segundo especialistas, o foco do problema está na ditadura econômica, na qual distribuidoras e salas de projeção se encontram submetidas. “Aqui no Brasil, 85% das salas são dominadas por filmes comerciais como ‘Homem-aranha’ e ‘Os Simpsons’, restando somente 15% para a produção nacional ou filmes de arte e documentários”, comenta o cineasta Marcos Pimentel, que acredita ainda que o problema se agrava na medida em que não sobra verba para publicidade da produção nacional, dificultando o lançamento em muitas praças. De acordo com o cineasta Rogério Terra, são produzidos cerca de 50 filmes de qualidade por ano no Brasil, “com quesitos que agradam o apelo popular”. Mas ainda assim predomina-se a hegemonia do “cinema pipoca”, ou seja, as grandes produções americanas. “Não é mais justificativa dizer que o Brasil não produz cinema de qualidade. Há, ainda, certo preconceito com relação a alguns filmes”, completa.
Cópias insuficientes ou falta de interesse
O consenso é em relação às distribuidoras, que “produzem um número insuficiente de cópias”, como afirma o professor de cinema Nilson Alvarenga. No entanto, ações como a “cota de tela”, da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que estipula a exibição de cerca de 30 filmes nacionais, ao longo do ano, em todos os cinemas, não são suficientes para abraçar o enorme volume de produções brasileiras. “É muito pouco para esses filmes que contam com a divulgação boca-a-boca”, conclui Marcos Pimentel. O fundador do grupo de cinéfilos Luzes da Cidade, Paulo Campos, também deposita sua esperança em uma maior divulgação das produções nacionais e/ou alternativas, apontando que entre dez pessoas, sete não querem alugar lançamentos brasileiros por não conhecerem o produto.
Na mesma trilha, o diretor de programação do grupo Cinearte Palace (SP), Ademar Oliveira, revela que, para um filme chegar, ao mesmo tempo, nas principais cidades brasileiras, e isso inclui as de porte médio como Juiz de Fora, deveria ter 400 cópias. O gerente do Duocine Santa Cruz, Marcelo Magalhães, e a subgerente do Moviecom Alameda, Adriana Cecília de Paula, completam afirmando dependerem da disponibilidade da distribuidora, que “sempre opta por atender primeiro aos grandes centros, para depois alugar as cópias para o interior”. Questionada sobre o esperado e indicado ao Oscar “Cartas de Iwo Jima”, Adriana confessou que o longa foi oferecido a ela, mas a demora fez com que o longa perdesse a concorrência para obras mais modernas. “Na época, eu já tinha outros lançamentos mais interessantes e novos para ocupar as salas”, argumenta.
O gerente de programação da Rio Filmes, Airton Correia, garante que os cinemas juizforanos é que não se interessam por alguns filmes. “’Brasileirinho’ e ‘500 almas’ são exemplos de produtos que nós colocamos à disposição de Juiz de Fora e até agora nenhuma das salas se interessou. O número de cópias não é o problema se não temos espaço para entrar”, se defende. Segundo ele, na hora de escolher, o exibidor, sobretudo aquele com poucas salas, opta pelos blockbusters, produtos de maior rentabilidade. Para driblar o “jogo de mercado”, que empata a relação distribuidora e exibidora, o professor de produção audiovisual Franco Gróia contesta Airton Correia afirmando que a oferta é muito pequena. Além disso, Gróia aponta caminhos capazes de fomentar o contato entre os exibidores e o público. “O foco é a questão do gosto. O que os espectadores gostam? Qual é o perfil do público hoje?”. As perguntas, para ele, podem ser respondidas com uma criteriosa e permanente pesquisa, que, a médio prazo, vai determinar o que a população irá consumir.
Conforme dados da distribuidora Columbia Tristar (SP), foram feitas 58 cópias de “Saneamento básico” e 163 de “Primo Basílio”. Números muito pequenos se compararmos com as 402 cópias de “Os Simpsons”, as 450 de “Harry Potter” e as 600 de “Homem-aranha 3”. Muita discrepância? Não para os distribuidores, que, para mapear a disponibilização das películas, realizam uma estimativa sobre o potencial do produto, com a “finalidade única de não gerar prejuízos para a mesma”. É o que relata o programador da Columbia, Waldomiro de Barros, que ainda vai além. “Com base em nossa experiência é que ditamos quantas cópias serão feitas de cada filme e onde alugaremos primeiro, porque se você faz uma abertura grande para um produto médio, você perde dinheiro”, explica.
(Fonte: TM de 31 de agosto de 2007)